quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

sábado, 27 de dezembro de 2008

A AGRESSIVIDADE INFANTIL



As crianças, assim como os adultos, têm uma força motora para a ação. Toda ação, seja para empreender ou para destruir, requer energia para sua consecução; tal energia representa a agressividade.
Normalmente esta é entendida como sendo apenas um impulso destrutivo, tendo toda uma conotação negativa. Porém, a agressividade é espécie de energia a qual pode ser dirigida de forma negativa ou positiva, sendo esta última a força empreendedora para a vida e para o trabalho, enquanto a primeira tem cunho mais primário e instintual. 0 nível de agressividade varia de pessoa para pessoa, cabendo-nos discutir um pouco sobre os fatores determinantes dessa variação, já que a agressividade infantil é o nosso assunto principal.
Sabemos que a infância, principalmente os cinco, seis primeiros anos de vida, são vitais para a estruturação e desenvolvimento da personalidade saudável. Um ambiente tranqüilo, de amor e seguro é fator determinante para formação do ser humano, é terreno sólido onde a criança pisa e não ameaça ruir. Nesse sentido, pais que lidam com a criança de forma clara e expressiva, ou seja, sem mensagens (implícitas ou explícitas) dúbias e incoerentes com o que se quer, pensa ou sente, propiciam muita solidez.
No processo de educação, a imposição de limites e a liberdade estão constantemente se conflitando. Quem de nós não se perguntou: a medida está exata? A medida exata realmente não existe, mas cabe aos pais e a nós, diretamente envolvidos na educação de inúmeras crianças, buscarmos a proximidade do equilíbrio, pois qualquer extremo é perigoso. Tanto o educador omisso, que não impõe limites aos desejos infantis, pode gerar agressividade negativa; quanto aquele que não "dá vez nem voz" à criança. No primeiro caso, a criança é habituada a ser satisfeita e quando frustrada, tende a agir de forma negativamente agressiva para obter o que quer, pois não aprendeu a solucionar conflitos e nem a lidar com perdas. 0 adulto passa a viver sob a tirania da própria criança, tendo que atender até mesmo seus caprichos. Caso contrário, gera "birras" incomensuráveis, no mínimo. No segundo caso, quem vive sob a tirania é a criança", suas manifestações, expressões e ações são limitadas. Seu poder de ação é muito restrito. Assim, sua agressividade positiva ou negativa fica represada, gerando insegurança, receio e mágoa. É uma relação de poder, em que se põe a criança do lado mais fraco e se oprime seu potencial para falar, construir, criar etc. Daí então, quando não mais suporta a sobrecarga de energia represada, descarrega. Usando sua agressividade de forma negativa, tem a oportunidade de sair da passividade que lhe é imposta pelas limitações. Sua debilidade se transforma em força para bater, morder, atacar. Vale ressaltar que não estamos nos referindo àquelas brigas comuns na escola, nas quais há disputa por brinquedos e uma grande concentração de crianças. Nessa fase, é mais comum a criança dirigir sua agressividade de forma violenta para resolver os conflitos, porque não dispõe de um recurso fundamental, que é o diálogo, pela própria limitação da linguagem. 0 que vai representar o indício de que algo não vai bem é a freqüência com que tais episódios acontecem.
Na escola, deparamos com crianças vindas de famílias totalmente diferentes, muitas, inclusive, vindas de meios extremamente hostis. Cabe à escola fazer a sua parte: ao invés de reprimir a agressividade da criança, não dando espaço para expressão da criatividade e nem para discussão de temas como a própria violência; deve orientá-la, usar sua agressividade para desenvolver seu potencial criativo de forma saudável.
Em síntese, o processo de educação mais eficaz é aquele em que não se reprime a iniciativa da criança e se estimula mecanismos saudáveis de busca dos seus objetivos, impondo os limites básicos para o processo de socialização, ética e moral.


CRISTIANE SANTIAGO

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

OS PRINCÍPIOS DO DESENHO UNIVERSAL



SÃO DIVIDIDOS NAS SEGUINTES CATEGORIAS:

1. Uso Equitativo - O desenho é utilizável por pessoas com habilidades diversas.
2. Uso flexível - O desenho acomoda uma ampla faixa de preferências e habilidades.
3. Uso simples e intuitivo - O desenho é fácil de ser compreendido e independe da experiência, conhecimento, habilidades de linguagem, ou nível de concentração do usuário.
4. Informação de fácil percepção - O desenho comunica a informação necessária para o usuário, independente de suas habilidades ou das condições do ambiente.
5. Tolerância ao Erro - O desenho minimiza riscos e consequências adversas de ações acidentais ou não intencionais.
6. Baixo Esforço Físico - O desenho pode ser usado eficientemente, confortavelmente e com o mínimo de fadiga.
7. Dimensão e espaço para aproximação e uso – Prover dimensão e espaços apropriados para o acesso, o alcance, a manipulação e o uso independente do tamanho do corpo, da postura ou
mobilidade do usuário.



Uso Equitativo


O desenho é utilizável por pessoas com habilidades diversas.



Norma 1a: Prover os mesmos significados de uso para todos os usuários: idêntico quando possível, equivalente quando não possível.
Exemplo: portas com sensores se abrem sem exigir força física ou alcance das mãos de usuários de alturas variadas (as mãos podem estar ocupadas).
Norma 1b: Impedir separação, isolamento ou estigmatização dos usuários.
Exemplo: rampa adjacente a uma escada impede a sseparação de pessoas com
restrições de mobilidade.
Norma 1c: Prover privacidade, segurança e proteção de forma igual a todos os
usuários.
Exemplo: barras de apoio no sanitário permitem que a pessoa faça a transferência
da cadeira de rodas para o vaso sanitário de forma segura.
Norma 1d: Tornar o desenho atraente para todos os usuários.
Exemplo: cores que estimulam os sentidos fazem com que o ambiente se torne
mais agradável.



Uso flexível


O desenho acomoda uma ampla faixa de preferências e habilidades.



Norma 2a: Prover escolhas na forma de utilização.
Exemplo: computador com teclado e mouse possibilita escolha na entrada dos dados.
Norma 2b: Acomodar acesso e utilização para destros e canhotos.
Exemplo: guarda-corpos e guias em ambos os lados de um caminho provêem proteção e estabilidade em ambas as direções para canhotos e destros.
Norma 2c: Facilitar a precisão e capacidade de percepção do usuário.
Exemplo: a marcação arquitetônica da entrada de um prédio facilita ao visitante seu
reconhecimento já do estacionamento.
Norma 2d: Prover adaptabilidade para a velocidade (compasso, ritmo) do usuário.
Exemplo: escadas rolantes devem dispor de um patamar no início e término da
escada, para que haja um tempo de adaptação à mudança de velocidade no
deslocamento do usuário.



Uso simples e intuitivo


Desenho de fácil compreensão e independe da experiência, conhecimento, habilidades de linguagem, ou nível de concentração do usuário.





Norma 3a: Eliminar a complexidade desnecessária.
Exemplo: utilizar simbologia internacional e de fácil identificação para garantir informação, como a localização de sanitários.
Norma 3b: Ser coerente com as expectativas e intenções do usuário.
Exemplo: localizar os mapas e placas informativas próximas às circulações verticais, para o usuário ter acesso à informação ao chegar no pavimento.
Norma 3c: acomodar uma faixa larga de habilidades de linguagem e capacidades em ler e escrever.
Exemplo: informações adaptadas aos deficientes visuais, como mapas táteis, orientam a todos.
Norma 3d: Organizar as informações de forma compatível com sua importância.
Exemplo: hierarquizar as informações, através da utilização de placas maiores e menores, priorizando a informação essencial.
Norma 3e: Providenciar respostas efetivas e sem demora durante e após o término de uma tarefa.
Exemplo: o elevador deve emitir sinal sonoro e luminoso ao abrir e fechar, permitindo seu uso com segurança as pessoas com restrições sensoriais.



Informação de fácil percepção


Desenho comunica a informação necessária para o usuário, independente de suas
habilidades ou das condições do ambiente.

Norma 4a: Usar diferentes maneiras ( desenho, verbal, tátil) para apresentação redundante de uma informação essencial.
Exemplo: mapas em alto relevo permitem que as pessoas com restrições visuais identifiquem o ambiente em que se encontram.
Norma 4b: Maximizar a legibilidade da informação essencial.
Exemplo: toda informação deve chamar a atenção do usuário, através do contraste entre fundo e figura e com a área em torno da mesma.
Norma 4c: Diferenciar elementos de forma a poderem ser descritos ( isto é, tornar mais fácil dar informações ou direções).
Exemplo: grandes edifícios devem criar referenciais, como a presença de água, que além de estimular os sentidos facilita a orientação das pessoas com restrições sensoriais e cognitivas.
Norma 4d- Prever compatibilidade com uma variedade de técnicas ou procedimentos usados por pessoas com limitações sensoriais.
Exemplo: através da utilização do piso guia (piso tátil), a pessoa com restrição visual
direciona-se ao longo de um percurso.



Tolerância ao Erro


O desenho minimiza riscos e conseqüências adversas de ações acidentais ou não
intencionais.

Norma 5a: Organizar os elementos para minimizar riscos e erros: os elementos mais usados mais acessíveis; elementos de riscos ou perigosos eliminados, isolados ou protegidos.
Exemplo: elevadores com acesso ao público devem estar em locais de destaque; elevadores de serviço devem estar mais reservados.
Norma 5b- Providenciar avisos de riscos e de erro.
Exemplo: garantir que o tráfego de ciclistas seja seguro, dispondo de sinaleiras específicas em ciclovias que cruzam vias de trânsito intenso de veículos.
Norma 5c- Providenciar características de segurança na falha humana.
Exemplo: elevadores com sensores impedem seu fechamento durante a passagem
de uma pessoa.
Norma 5d- Desencorajar ações inconscientes em tarefas que exijam vigilância.
Exemplo: sinaleiras sonoras e luminosas nos passeios providenciam avisos aos pedestres sobre a constante entrada e saída de veículos das garagens.



Baixo Esforço Físico


O desenho pode ser usado eficientemente, confortavelmente e com o mínimo de fadiga.



Norma 6a: Permitir ao usuário manter uma posição corporal neutra.
Exemplo: disponibilizar balcões em duas alturas permitindo a aproximação de pessoas em cadeiras de rodas e crianças.
Norma 6b: Usar forças moderadas na operação.
Exemplo: torneiras acionadas por pressão não requerem grande esforço físico.
Norma 6c: Minimizar ações repetitivas.
Exemplo: a maçaneta de porta do tipo alavanca evita o movimento repetitivo de
girar a mão.
Norma 6d- Minimizar a sustentação de um esforço físico.
Exemplo: rampas rolantes permitem o deslocamento do usuário sem esforço.



Dimensão e espaço para aproximação e uso


Prover dimensão e espaço apropriados para o acesso, o alcance, a manipulação e o uso independente do tamanho do corpo, da postura ou mobilidade do usuário.



Norma 7a: Colocar os elementos importantes no campo visual de qualquer usuário,
sentado ou em pé.
Exemplo: uma abertura de vidro lateral na porta assegura a visibilidade para
pessoas de qualquer estatura.
Norma 7b: Fazer com que o alcance de todos os componentes seja confortável para
qualquer usuário, sentado ou em pé.
Exemplo: barras de apoio dispostas horizontal e diagonalmente facilitam o uso do
sanitário por pessoas de habilidades variadas.
Norma 7c: Acomodar variações da dimensão da mão ou da empunhadura.
Exemplo: portas com maçanetas em alça acomodam empunhaduras variadas.
Norma 7d: Prover espaço adequado para o uso de dispositivos assistivos ou
assistência pessoal.
Exemplo: dispositivos de segurança utilizados em metrôs, livrarias, etc, devem
comportar a passagem de uma cadeira de rodas.




Por Cristiane Santiago

O CONCEITO DO DESENHO UNIVERSAL



O Desenho Universal é um modo de concepção de espaços e produtos
visando sua utilização pelo mais amplo número de usuários, incluindo
crianças, idosos e pessoas com restrições temporárias ou
permanentes.
Baseia-se no respeito à diversidade humana e na inclusão de todas as pessoas nas
mais diversas atividades, independente de suas idades ou habilidades.
A meta é atingir um desenho de qualidade no qual, além de requisitos estéticos, é
fundamental o fácil entendimento sobre o uso (legibilidade), a segurança e o
conforto para todos. Logo não significa conceber espaços especiais para pessoas
especiais mas, sim, dotar o espaço de qualidades que beneficiem a todos.
Cabe a ergonomia ajudar a transformar positivamente as condições de
trabalho para as pessoas com restrições, tanto à nível organizacional
quanto ambiental. É neste último – ambiente físico, mobiliário e
equipamentos – que os conhecimentos específicos do desenho
universal são fundamentais.

AS DIFERENTES RESTRIÇÕES

Há uma dificuldade em classificar as deficiências, principalmente devido ao seu
largo espectro.
Há portanto variações na classificação entre os países, segundo os médicos,
educadores, etc.
Para a ergonomia: classificação conforme o ambiente e os
equipamentos relacionados às necessidades especiais dos usuários.
(sob este enfoque, uma pessoa pode possuir uma deficiência e não ser deficiente.
ex: indivíduo que quebra uma perna, e não encontra dificuldade para realizar
atividades no seu trabalho).

RESTRIÇÃO: indica o grau de dificuldade que cada indivíduo possui para realizar
alguma atividade.
Termo utilizado pela Organização Mundial da Saúde (International Classification of
Functioning, Disability and Health), de 2001.
Restrição sensorial: refere-se às dificuldades na percepção das informações
do meio ambiente devido a limitações nos sitemas sensoriais (auditivo,
visual, paladar/olfato, háptico e orientação);
Restrições cognitivas: refere-se às dificuldades no tratamento das
informações recebidas (atividades mentais) ou na sua comunicação através
de produção linguística devido a limitações no sistema cognitivo;
Restrições físico-motoras: refere-se ao impedimento, ou às dificuldades
encontradas em relação ao desenvolvimento de atividades que dependam de
força física, coordenação motora, precisão ou mobilidade;
Restrições múltiplas: decorrem da associação de mais de um tipo de restrição
de natureza diversa.

CAUSAS DAS RESTRIÇÕES

Qualquer indivíduo pode ter restrições no desempenho de uma atividade.
1. deficiência
2. idade avançada
3. condições sócio-culturais
4. desenho do ambiente

NO BRASIL

ONU: entre 10% e 15% de pessoas são portadoras de algum tipo de deficiência, que
varia conforme seu grau de desenvolvimento.
Quando a estimativa gira em torno de 10%, a distribuição das porcentagens para
cada tipo de deficiência é estimada da seguinte forma:
5% para mental
2% para física
1,5% para auditiva
1% para múltipla
0,5% para visual
Censo do IBGE: 14% da população brasileira é atingida por algum tipo de
deficiência.
Por Cristiane Santiago

BRINCAR É UM COMPORTAMENTO ESPONTÂNEO DA CRIANÇA


Apesar do brincar ser um comportamento espontâneo da criança, o adulto deve criar situações que estimulem a brincadeira.
No brincar espontâneo, no "faz- de -conta", a criança exterioriza sua realidade interior, libera sentimentos e expressa opiniões. Por meio da brincadeira, a criança aprende a seguir regras, experimenta formas de comportamento e se socializa, descobrindo o mundo ao seu redor. Por isso, a brincadeira tem um papel decisivo nas relações entre a criança e o adulto, entre as próprias crianças e entre a criança e o meio ambiente.Brincando, a criança pode vivenciar uma mesma situação diversas vezes. Isso, além de permitir que ela repita brincadeiras que lhe dão prazer, possibilita que ela solucione problemas e aprenda processos e comportamentos adequados. Há uma grande preocupação com a formação da criança. Pais e educadores buscam meios de torná-las responsáveis, equilibradas, atenciosas, trabalhadeiras e esquecem-se de que o brincar pode, justamente, ser uma ferramenta para que a criança desenvolva essas qualidades.
O ato de brincar, tão necessário à formação da criança, tem se alterado nas últimas décadas. O avanço tecnológico provocou modificações nos hábitos da sociedade, incluindo as formas de lazer; as crianças deixaram as brincadeiras de rua, passando a viver em espaços confinados, quer seja em apartamentos ou em espaços quais quer.
A televisão é um dos mais atuantes meios de comunicação, transformando-se num elemento que, pela onipresença, ocupa as horas livres das crianças, impedindo-as de se dedicarem a atividades participati­vas, tais como as brincadeiras de outrora, onde a criança exercitava naturalmente todo o seu corpo e a sua imaginação.
Com o desaparecimento do espaço público de lazer, as brincadeiras infantis tradicionais também foram desaparecendo e até esquecemos a riqueza de uma atividade em grupo, a importância da brincadeira pela brincadeira, não visando a nada imediato além do prazer compartilhado. Alguns pais colocam os filhos em escolinhas de futebol ou estimulam, precocemente, visando à futura profissionalização,sem perceber a carga de obrigato­rie­dade: de acertos e de sucesso.
Então lembre-se:o mais importante é que a criança tenha um tempo livre, sem atividades agendadas, no qual possa escolher o que quer fazer, inventar coisas, jogar, conviver com amiguinhos sem um objetivo estabelecido pelo adulto।


Por Cristiane Santiago

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

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DECLARAÇÃO

Declaro, para todos os fins, e de acordo com o Art. I do Título III do Estatuto da SUPERILHY, que me comprometo a cumpri-lo, bem como o seu código de ética, seguindo todas as suas regras e regulamentos suplementares, e ainda que compreendo meus deveres, responsabilidades e obrigações como Membro.

São Paulo, de 200 .