terça-feira, 23 de dezembro de 2008

BRINCAR É UM COMPORTAMENTO ESPONTÂNEO DA CRIANÇA


Apesar do brincar ser um comportamento espontâneo da criança, o adulto deve criar situações que estimulem a brincadeira.
No brincar espontâneo, no "faz- de -conta", a criança exterioriza sua realidade interior, libera sentimentos e expressa opiniões. Por meio da brincadeira, a criança aprende a seguir regras, experimenta formas de comportamento e se socializa, descobrindo o mundo ao seu redor. Por isso, a brincadeira tem um papel decisivo nas relações entre a criança e o adulto, entre as próprias crianças e entre a criança e o meio ambiente.Brincando, a criança pode vivenciar uma mesma situação diversas vezes. Isso, além de permitir que ela repita brincadeiras que lhe dão prazer, possibilita que ela solucione problemas e aprenda processos e comportamentos adequados. Há uma grande preocupação com a formação da criança. Pais e educadores buscam meios de torná-las responsáveis, equilibradas, atenciosas, trabalhadeiras e esquecem-se de que o brincar pode, justamente, ser uma ferramenta para que a criança desenvolva essas qualidades.
O ato de brincar, tão necessário à formação da criança, tem se alterado nas últimas décadas. O avanço tecnológico provocou modificações nos hábitos da sociedade, incluindo as formas de lazer; as crianças deixaram as brincadeiras de rua, passando a viver em espaços confinados, quer seja em apartamentos ou em espaços quais quer.
A televisão é um dos mais atuantes meios de comunicação, transformando-se num elemento que, pela onipresença, ocupa as horas livres das crianças, impedindo-as de se dedicarem a atividades participati­vas, tais como as brincadeiras de outrora, onde a criança exercitava naturalmente todo o seu corpo e a sua imaginação.
Com o desaparecimento do espaço público de lazer, as brincadeiras infantis tradicionais também foram desaparecendo e até esquecemos a riqueza de uma atividade em grupo, a importância da brincadeira pela brincadeira, não visando a nada imediato além do prazer compartilhado. Alguns pais colocam os filhos em escolinhas de futebol ou estimulam, precocemente, visando à futura profissionalização,sem perceber a carga de obrigato­rie­dade: de acertos e de sucesso.
Então lembre-se:o mais importante é que a criança tenha um tempo livre, sem atividades agendadas, no qual possa escolher o que quer fazer, inventar coisas, jogar, conviver com amiguinhos sem um objetivo estabelecido pelo adulto।


Por Cristiane Santiago

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