terça-feira, 23 de dezembro de 2008

OS PRINCÍPIOS DO DESENHO UNIVERSAL



SÃO DIVIDIDOS NAS SEGUINTES CATEGORIAS:

1. Uso Equitativo - O desenho é utilizável por pessoas com habilidades diversas.
2. Uso flexível - O desenho acomoda uma ampla faixa de preferências e habilidades.
3. Uso simples e intuitivo - O desenho é fácil de ser compreendido e independe da experiência, conhecimento, habilidades de linguagem, ou nível de concentração do usuário.
4. Informação de fácil percepção - O desenho comunica a informação necessária para o usuário, independente de suas habilidades ou das condições do ambiente.
5. Tolerância ao Erro - O desenho minimiza riscos e consequências adversas de ações acidentais ou não intencionais.
6. Baixo Esforço Físico - O desenho pode ser usado eficientemente, confortavelmente e com o mínimo de fadiga.
7. Dimensão e espaço para aproximação e uso – Prover dimensão e espaços apropriados para o acesso, o alcance, a manipulação e o uso independente do tamanho do corpo, da postura ou
mobilidade do usuário.



Uso Equitativo


O desenho é utilizável por pessoas com habilidades diversas.



Norma 1a: Prover os mesmos significados de uso para todos os usuários: idêntico quando possível, equivalente quando não possível.
Exemplo: portas com sensores se abrem sem exigir força física ou alcance das mãos de usuários de alturas variadas (as mãos podem estar ocupadas).
Norma 1b: Impedir separação, isolamento ou estigmatização dos usuários.
Exemplo: rampa adjacente a uma escada impede a sseparação de pessoas com
restrições de mobilidade.
Norma 1c: Prover privacidade, segurança e proteção de forma igual a todos os
usuários.
Exemplo: barras de apoio no sanitário permitem que a pessoa faça a transferência
da cadeira de rodas para o vaso sanitário de forma segura.
Norma 1d: Tornar o desenho atraente para todos os usuários.
Exemplo: cores que estimulam os sentidos fazem com que o ambiente se torne
mais agradável.



Uso flexível


O desenho acomoda uma ampla faixa de preferências e habilidades.



Norma 2a: Prover escolhas na forma de utilização.
Exemplo: computador com teclado e mouse possibilita escolha na entrada dos dados.
Norma 2b: Acomodar acesso e utilização para destros e canhotos.
Exemplo: guarda-corpos e guias em ambos os lados de um caminho provêem proteção e estabilidade em ambas as direções para canhotos e destros.
Norma 2c: Facilitar a precisão e capacidade de percepção do usuário.
Exemplo: a marcação arquitetônica da entrada de um prédio facilita ao visitante seu
reconhecimento já do estacionamento.
Norma 2d: Prover adaptabilidade para a velocidade (compasso, ritmo) do usuário.
Exemplo: escadas rolantes devem dispor de um patamar no início e término da
escada, para que haja um tempo de adaptação à mudança de velocidade no
deslocamento do usuário.



Uso simples e intuitivo


Desenho de fácil compreensão e independe da experiência, conhecimento, habilidades de linguagem, ou nível de concentração do usuário.





Norma 3a: Eliminar a complexidade desnecessária.
Exemplo: utilizar simbologia internacional e de fácil identificação para garantir informação, como a localização de sanitários.
Norma 3b: Ser coerente com as expectativas e intenções do usuário.
Exemplo: localizar os mapas e placas informativas próximas às circulações verticais, para o usuário ter acesso à informação ao chegar no pavimento.
Norma 3c: acomodar uma faixa larga de habilidades de linguagem e capacidades em ler e escrever.
Exemplo: informações adaptadas aos deficientes visuais, como mapas táteis, orientam a todos.
Norma 3d: Organizar as informações de forma compatível com sua importância.
Exemplo: hierarquizar as informações, através da utilização de placas maiores e menores, priorizando a informação essencial.
Norma 3e: Providenciar respostas efetivas e sem demora durante e após o término de uma tarefa.
Exemplo: o elevador deve emitir sinal sonoro e luminoso ao abrir e fechar, permitindo seu uso com segurança as pessoas com restrições sensoriais.



Informação de fácil percepção


Desenho comunica a informação necessária para o usuário, independente de suas
habilidades ou das condições do ambiente.

Norma 4a: Usar diferentes maneiras ( desenho, verbal, tátil) para apresentação redundante de uma informação essencial.
Exemplo: mapas em alto relevo permitem que as pessoas com restrições visuais identifiquem o ambiente em que se encontram.
Norma 4b: Maximizar a legibilidade da informação essencial.
Exemplo: toda informação deve chamar a atenção do usuário, através do contraste entre fundo e figura e com a área em torno da mesma.
Norma 4c: Diferenciar elementos de forma a poderem ser descritos ( isto é, tornar mais fácil dar informações ou direções).
Exemplo: grandes edifícios devem criar referenciais, como a presença de água, que além de estimular os sentidos facilita a orientação das pessoas com restrições sensoriais e cognitivas.
Norma 4d- Prever compatibilidade com uma variedade de técnicas ou procedimentos usados por pessoas com limitações sensoriais.
Exemplo: através da utilização do piso guia (piso tátil), a pessoa com restrição visual
direciona-se ao longo de um percurso.



Tolerância ao Erro


O desenho minimiza riscos e conseqüências adversas de ações acidentais ou não
intencionais.

Norma 5a: Organizar os elementos para minimizar riscos e erros: os elementos mais usados mais acessíveis; elementos de riscos ou perigosos eliminados, isolados ou protegidos.
Exemplo: elevadores com acesso ao público devem estar em locais de destaque; elevadores de serviço devem estar mais reservados.
Norma 5b- Providenciar avisos de riscos e de erro.
Exemplo: garantir que o tráfego de ciclistas seja seguro, dispondo de sinaleiras específicas em ciclovias que cruzam vias de trânsito intenso de veículos.
Norma 5c- Providenciar características de segurança na falha humana.
Exemplo: elevadores com sensores impedem seu fechamento durante a passagem
de uma pessoa.
Norma 5d- Desencorajar ações inconscientes em tarefas que exijam vigilância.
Exemplo: sinaleiras sonoras e luminosas nos passeios providenciam avisos aos pedestres sobre a constante entrada e saída de veículos das garagens.



Baixo Esforço Físico


O desenho pode ser usado eficientemente, confortavelmente e com o mínimo de fadiga.



Norma 6a: Permitir ao usuário manter uma posição corporal neutra.
Exemplo: disponibilizar balcões em duas alturas permitindo a aproximação de pessoas em cadeiras de rodas e crianças.
Norma 6b: Usar forças moderadas na operação.
Exemplo: torneiras acionadas por pressão não requerem grande esforço físico.
Norma 6c: Minimizar ações repetitivas.
Exemplo: a maçaneta de porta do tipo alavanca evita o movimento repetitivo de
girar a mão.
Norma 6d- Minimizar a sustentação de um esforço físico.
Exemplo: rampas rolantes permitem o deslocamento do usuário sem esforço.



Dimensão e espaço para aproximação e uso


Prover dimensão e espaço apropriados para o acesso, o alcance, a manipulação e o uso independente do tamanho do corpo, da postura ou mobilidade do usuário.



Norma 7a: Colocar os elementos importantes no campo visual de qualquer usuário,
sentado ou em pé.
Exemplo: uma abertura de vidro lateral na porta assegura a visibilidade para
pessoas de qualquer estatura.
Norma 7b: Fazer com que o alcance de todos os componentes seja confortável para
qualquer usuário, sentado ou em pé.
Exemplo: barras de apoio dispostas horizontal e diagonalmente facilitam o uso do
sanitário por pessoas de habilidades variadas.
Norma 7c: Acomodar variações da dimensão da mão ou da empunhadura.
Exemplo: portas com maçanetas em alça acomodam empunhaduras variadas.
Norma 7d: Prover espaço adequado para o uso de dispositivos assistivos ou
assistência pessoal.
Exemplo: dispositivos de segurança utilizados em metrôs, livrarias, etc, devem
comportar a passagem de uma cadeira de rodas.




Por Cristiane Santiago

Nenhum comentário:

Postar um comentário